PÉROLAS DE UM LÍDER
Então, Elcana, seu marido, lhe disse: Ana, por que choras? E por que não comes? E por que está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos? (1 Samuel 1.8).
Nessa passagem, lemos que Elcana declarou-se melhor do que dez filhos e que não entendia o motivo de Ana, sua esposa, chorar, não comer e estar com o coração triste. O Senhor Deus tem um propósito nos dons que deu a cada um. Ana sabia que, por ser mulher, tinha nascido para gerar filhos; porém, era estéril. Naquela época, era permitido ao homem ter mais de uma esposa. Com sua outra mulher, chamada Penina, Elcana teve vários filhos, mas, com Ana, não teve nenhum. Por esse motivo, ela era constantemente humilhada por Penina. Então, Ana entristecia-se e chorava a cada dia por ser humilhada pela outra. O choro ajuda a aliviar a alma, mas não traz resposta. Elcana, incomodado com as lágrimas de sua esposa, tentava tirá-la daquele estado, mas tal atitude não levava a lugar algum, pois quem sofre quer solução. A falta de realização em qualquer setor da vida afeta todo o ser. O marido perguntou a Ana por que ela não comia, mas ela precisava mesmo era do alimento que produz fé. Esse, sim, tira qualquer um de uma situação embaraçosa. Ajudamos muito quando transmitimos o recado de Deus, pois o consolo do homem é fraco e não tem o poder de resolver a crise em que alguém se encontra. Solução mesmo só conseguimos quando temos uma “reunião executiva” com o Senhor e, nela, abrimos o nosso coração e falamos tudo o que nos incomoda. Ao agirmos assim, Deus nos responde, confirmando que o pedido foi aceito. Elcana ainda queria que Ana explicasse o motivo de o coração dela estar mal. Ora, ele, como sacerdote do lar, deveria ter buscado a ajuda do Senhor – como fez Abraão – e resolvido a situação. O chefe de família tem acesso direto a Deus em relação àquilo que oprime os seus. Como o cabeça do lar, cabe ao marido pleitear a causa de quem está sob a sua cobertura.
De nada adiantava ele ser carinhoso com Ana e achar que era melhor do que dez filhos. Ela queria sentir-se realizada. A mulher nasce para ser mãe, e o amor dos seus não supera essa sua missão. Ana fez o que era correto: entrou na presença do Senhor e derramou sua alma. Ao ver aquela mulher de fé diante de tamanha luta, Eli, o sacerdote, pensou que Ana estivesse embriagada. No entanto, ela estava buscando a bênção do Altíssimo, e, realmente, saiu vitoriosa. Foi assim que um grande homem de Deus veio a existir, pois esse primeiro filho que Ana e Elcana tiveram tornou-se, mais tarde, o conhecido profeta Samuel. Quem entrar em oração decidido a resolver o problema terá a solução.
PÉROLAS DE UM LÍDER
Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles (Jó 14.5).
Há um propósito divino para todos. Ninguém vem ao mundo sem o conhecimento do Senhor, e Ele sabe exatamente o número de dias de cada um sobre a terra, os quais podem ser aumentados ou abreviados. Ao rei Ezequias o Senhor deu a cura e ainda acrescentou 15 anos (Isaías 38.5); porém, outros têm seu prazo diminuído. Que você não seja responsável, direta ou indiretamente, pelo encurtamento dos dias de quem quer que seja, pois, tendo interrompido o plano do Senhor, prestará conta daquele que partiu cedo.
O versículo revela que Deus tem Consigo o número exato do nosso tempo na terra e estabeleceu para nós limites que ninguém poderá ultrapassar. A qualquer hora, Ele sabe onde estamos, com quem nos relacionamos, o que fazemos, pensamos e falamos. Por mais esperta ou ousada que uma pessoa tente ser (como Ninrode, o qual desejou construir uma torre para alcançar os céus, fato que fez com que o Senhor confundisse a linguagem, a qual, até então, era única, e espalhasse o homem sobre todo o planeta – Gênesis 10.8-10; 11.1-9), ela não conseguirá exceder os termos colocados por Deus.
Por isso, bom é que façamos o que agrada ao Pai, vivamos na plenitude da Sua vontade e entendamos que não há quem nasça sem o conhecimento do Senhor. Até mesmo quem foi concebido por meio de abuso sexual tem os seus dados anotados nas mãos do Onipotente. Não há um sequer que tenha vindo por acaso. Então, devemos tratar todos com eqüidade e não os impedir de obterem conhecimento e se realizarem.
Coitado daquele que, de alguma forma, faz com que o outro perca sua vida! Quem criou a pena de morte, por exemplo, bem como quem a aplica, responderá pelos seus atos. Ai daquele que frustrar o plano divino! Essa pessoa terá de dar contas daquele que tinha certo prazo para fazer a vontade do Altíssimo.
PÉROLAS DE UM LÍDER
Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam ao SENHOR (Salmo 105.3).
O Nome do Senhor tem a força de Deus na boca de todo aquele que crê. Neste Nome, entramos na presença do Altíssimo, amarramos e expulsamos os demônios, curamos os enfermos e vencemos qualquer batalha. O Espírito de Deus nos diz que devemos gloriar-nos nele. Então, o coração de todos aqueles que O buscam deve alegrar-se.
Todo aquele que é aceito na família divina e usa o Nome do Senhor, com fé, descobre que Ele lhe dá a força necessária para vencer todas as batalhas. Como não vemos nada do mundo espiritual, não sabemos quantos inimigos o inferno envia para nos destruir. Mas, usando o Nome de Jesus, saímos vencedores (Salmo 18.3).
Entramos na presença do próprio Deus, ao invocarmos Seu Nome Santo, o qual, conforme declara Filipenses 2.10, é sobre todo o nome, para que [...] se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra (onde, no sentido figurado, estão Satanás e seus demônios). Não podemos brincar usando o Nome de Jesus. Ele é tão sagrado, que devemos fazer uso dele com temor e tremor.
Com o poder que há nele, amarramos e expulsamos os espíritos malignos e suas forças. Esse direito nos foi dado pela Palavra falada pelo Senhor Jesus (Marcos 16.17). Também com Ele realizamos as mesmas curas que o Mestre operava durante Seu ministério terreno e aniquilamos todo tipo de doença. Como no passado, podemos fazer surdos ouvirem, mudos falarem, cegos verem, paralíticos andarem e mortos ressuscitarem. Ainda hoje, o mesmo acontece na boca e no ministério de todo aquele que crê. Quem entra em qualquer peleja, usando o Nome do Senhor, vê o inimigo sair derrotado. Assim, Davi enfrentou o gigante (1 Samuel 17.45), Paulo expulsou o demônio (Atos 16.16-18), e tantos outros obtiveram vitórias graças ao Nome de Deus, usado com fé e determinação. Perde aquele, porém, que faz uso de qualquer outro meio.
Somos convidados a nos gloriar no Senhor e a obter sucesso usando o Seu Nome. Ninguém se gloria em fracasso, mas na vitória. Com esse Nome em sua boca, você não conhecerá derrota, pois Ele operará do mesmo modo que operava na boca do Senhor Jesus. Desse modo, o coração de todos os que O buscam irá regozijar-se.
PÉROLAS DE UM LÍDER
E, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe (Lucas 17.4).
Pecar é algo sério. Porém, mais sério ainda é negar o perdão. Não deve haver limites em perdoar. Se nós, sendo humanos, somos orientados a fazê-lo todas as vezes que alguém nos procura e confessa que agiu errado contra nós, quanto mais perdoará o Pai àqueles que forem a Ele e confessarem o erro. O perdão é o ato mais nobre que alguém pode praticar.
O pecado é algo que jamais deveríamos cometer, e suas conseqüências estão além da nossa compreensão. A pessoa que pratica a iniqüidade abre brechas para o diabo, o qual a tem nas mãos. Quando pecamos contra alguém, nós o magoamos e ferimos. Então, após termos cometido a ofensa, a decisão mais correta é procurá-lo e, com sinceridade, pedir-lhe desculpas.
Creio que, antes de procurarmos quem nos magoou, devemos acertar-nos com o Senhor, pois todo pecado é, a princípio, contra Ele. Quem mente peca contra a verdade; quem age mal peca contra a bondade; quem adultera peca contra a fidelidade, e assim por diante. Todas as virtudes são atributos divinos, e, se nós não as respeitamos, devemos, em primeiro lugar, pedir o perdão de Deus. Em seguida, temos de suplicar que Ele fale ao coração ferido que nos libere e nos dê sabedoria para fazer tal pedido.
Por outro lado, aquele que nos procura depois de acertar-se com o Senhor tem o direito de ser desculpado. A pessoa que nega o perdão deixa que o diabo a use e incorre em um erro maior; portanto, deve resolver-se com Deus e procurar quem teve a hombridade de lhe pedir o perdão e acertar-se com ele também. Para conceder perdão, não há limites. Se, como falíveis que somos, o Senhor nos orienta a perdoar tantas vezes quantas o ofensor nos procurar, quanto mais Ele, o qual é infalível, perdoará àqueles que Lhe confessarem seus erros.Quem perdoa se iguala a Deus nesse nobre ato. O Senhor garante que, após perdoar, não Se lembra mais dos nossos erros (Isaías 43.25). Portanto, perdoar significa esquecer a ofensa. Alguns, no entanto, objetam que é difícil ter sido passado para trás, ou dói ter sido traído por alguém em quem mais se confiou, e a ferida ainda não cicatrizou. Mas quem pensa assim se esquece de que o coração do Pai – que é amor – é muito mais sensível do que o nosso. Se confessarmos a Ele todos os nossos erros, por maiores que sejam, Ele é fiel e justo para nos perdoar [...] e nos purificar de toda injustiça (1 João 1.9). A maior garantia de que fomos perdoados é que Ele não Se lembra mais do erro confessado.
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